BA-BYE 2014 | Cheers to a wonderful year


2014

Às 12 badaladas de 2013, pedi coisas que achava impossíveis. Os 365 dias de 2014 mostraram-me que sou capaz de muito e, mais do que isso, que o sou, sendo eu mesma em tudo o que faço.


Conheci as ruas de uma nova cidade e nela vejo o meu futuro. Houveram dias bons, ótimos, mas também os péssimos, os detestáveis. E nestes últimos incluo claro a vontade de me meter no primeiro comboio que me aparecesse e voltar para o meu lar, para os meus pais. Nunca tive a consciência do amor pleno que por eles sinto como neste ano. Há coisas como estas que precisam de existir para que nós saibamos a sorte que é sermos quem somos e termos quem temos.
2014 fez-me stressar, ter medo das altas expectativas e sofrer por antecipação. No entanto, fez-me ver que as coisas se fazem pelos mais variados caminhos. Que nada é tão estreito como se pensa e que por isso é preciso ter-se calma. É preciso aprendermos a "relativizar" (como tu própria dirias Joana Francisca). E é sobretudo importante aprendermos que podemos falhar e que isso não tem que significar nada mais do que repetir, retomar as rédeas e voltar a tentar de novo. Nada é tão mais simples. E, com isto, aprendi a cheirar as flores. A aproveitar a pouca calma que me oferecia como presente no fim de um Domingo lisboeta de intenso estudo.
Percebi que preciso de me ser mais autosuficiente daquilo que era. Como, por exemplo, saber fazer mais do que um prato de massa com atum. Saber o que comprar num supermercado. Saber gerir melhor o meu tempo. Saber crescer. Saber amadurecer com tudo o que a palavra faculdade abarca.

Concretizei sonhos. Assisti a um concerto da minha cantora favorita e entrei no curso que sempre admirei, ao longe. Foi possível. Não sabem o quanto essa sensação me deixa realizada quando olho para trás. O caminho a percorrer neste novo ano é longo e sei que não será nada fácil. But nobody said it would be easy.
Aprendi a aceitar-me. Fisicamente. Sempre gostei de mim, como mulher confiante que me considero. Mas é claro que há sempre qualquer mesquenhice que nos incomoda mais. Entre o alarme a tocar às 7h da manhã e um autocarro para apanhar em poucos minutos, essas preocupações evaporavam.

Saí claramente da minha zona de conforto. Várias vezes. O facto de estar a viver a kms de casa fez-me perceber que às vezes é preciso aprendermos a misturar-nos, a não sermos demasiado seletivos com as pessoas. A abrirmos exceções. A cedermos. 
Fiz boas amizades. Partilhei um quarto com mais duas raparigas, com as quais me dei e vou continuar a dar otimamente no segundo semestre, espero. 
Li menos. Mas li mais. 
Engoli matéria. Fixei coisas que nunca pensei, na minha vida, que fossem possíveis de fixar neste crânio (que anatomicamente conheço, agora.. ou não!)
Bebi café. Passei a adorar café. Muito. Atingi o recorde de 4 cafés. Quem não?
Senti falta do meu irmão. Porque metade de mim é ele. E sem ele, poucas coisas faziam sentido. Mas, partiu de nós percebermos que nem sempre nos teremos um ao outro. Deu para entender que precisamos de ser independentes nesse aspeto, precisamos de cortar o cordão umbilical da mamã.

À parte de todos os desafios que este ano me trouxe, quero agradecer por me manter a mim mesma. Por não me tornar mais cinzentona ou menos eu. Agradeço pela família que tenho. Agradeço mesmo. E hoje sei que eles são, sem dúvida, tudo aquilo que quero manter em todos os meus anos.


Tenham um bom ano. Façam-no vosso.

Comentários

  1. espero que este novo ano te traga bons momentos e muita força :)

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  2. Óh, que lindo Inês :)
    Vejo uma evolução TÃO GRANDE em ti.. e é mesmo bom poder ler isso aqui, aliás, pela tua vida sociável que partilhas, nota-se que és feliz, que estudas aquilo que gostas e que demonstras o amor e carinho pela tua família que ai escreves-te. Hás de crescer mais ainda e hás de continuar a ser tu mesma, basta continuares a fazer por isso Nês :)) Bom ano novo (mais uma vez)!
    Mil beijinhoss <3

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  3. considero-te um exemplo a seguir, acho-te incrível :)

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