Sto António, Famalicão


12.6.15 // Famalicão em festa. Eram 21 horas e estava tudo já com olho nas marchas. Já chegaram? Quando chegam? Tudo à espera de as ver passar. E eu à espera de um só grupo: o grupo de Desporto Sénior. Mais propriamente, à espera de um só elemento: a minha avó.





A cidade vestiu-se de manjericos, cores vermelhas e verdes e de pessoas! As pessoas vieram para a rua. E a cidade que é normalmente pacífica virou um manto de alegria (e muita cusquice à mistura!)



Enquanto aguardávamos pela passagem da diva, tivemos ainda direito a assistir a um pequeno show de comédia. Algumas pessoas traziam bancos e queriam, de uma maneira ou de outra, ficar em sítios já ocupados. Então, houve ali uma espécie de batalha entre pernas de bancos e pernas de pessoas. Tem que haver sempre algum arrufo, se não a festa nem é a mesma!


E muita animação claro! A minha mãe e a minha tia têm aquela coisa que eu e o Diogo também partilhamos. Rimo-nos das mesmas coisas, pelos mesmos motivos e às vezes mais ninguém entende. Só nós. Sisters be like.


E foi assim que as marchas chegaram até nós! De rodas. 
As mulheres desviam o olhar, não se interessam muito por isto. Querem é ver a Rosa e a Manela que vêm lá ao fundo na marcha. 


Os homens, esses, avaliam a viatura, começam a dar palpites acerca do ano do carro como se fossem experientes na matéria e os julgamentos ficam-se por aí.














Confesso que estas meninas foram um dos meus grupos favoritos. Cheias de alegria, genica e carisma. Que é tão importante numa mini-pessoa. É caso para dizer: que riquinhas!


Aqueles casal de idosos à esquerda não participou nas marchas, mas certamente marcou a minha noite. Fiquei deliciada com a harmonia que partilhavam. E a disposição que certamente não coincidia com a idade que teriam. 



Estas meninas fizeram a abertura para a grande entrada em cena da minha avó. Estavam tão bonitas. A menina da frente até nos atirou um beijinho. Que doçura!


O melhor momento foi, definitivamente, a atuação da minha querida avó, que esperava por este dia como "pão para a boca", como se costuma dizer. Os olhos dela brilhavam e a voz dela ouvia-se bem ao perto e ao longe, cantava: Made in Famalicão! 
Eu que estive no backstage de alguns ensaios em casa da minha avó, adorei o dia em que ela me veio com uma cantiga repetida: Leide in Famalicão, Leide in (...) e eu ficava sempre com uma estranha sensação de que o refrão não era aquele! Ontem percebi finalmente que o leide in era afinal o made in. (Enfim, modernices.)

Deixo aqui um enorme orgulho na avó que tenho e na cidade onde vivo, que sabe assegurar oportunidades maravilhosas desde que nascemos até quando a vida deixa de ser tão mexida. A minha avó é feliz nestas atividades de grupo porque acorda, de manhã, com um objetivo. E isso não me podia deixar mais contente, emocionada e grata. Obrigada bó, por permaneceres autêntica.

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