IV - V
O número V não é um número particularmente feliz. Sempre o achei um bocado convencido de si, como se estivesse numa constante disputa entre quem fica com ele: o quatro ou o seis. De facto, desde pequena que personifico o número 5 (ele e os restantes! por favor, digam-me que não sou a única pessoa viva que o faz) e até agora não lhe tinha grande afeição. Talvez não lhe tivesse dado a devida atenção. Talvez porque passei grande parte da minha vida a amar o número IV e tudo o que lhe diz respeito, fui-me esquecendo de procurar os outros números, com iguais ou melhores simbolismos, energias.
Quem me estiver a ler, neste momento, é oficial que já me acha a louca da numerologia. O IV tem de facto um carinho meu (nem que seja pela estrondosa coincidência das minhas iniciais Inês Vivas). É um número que sempre teve conexões fabulosas associadas a ele na minha vida e, além disso, é o meu número da sorte, a ter sempre em conta quando estou aflita entre alíneas. Tudo isto o torna belo.
Em Maio, descobri mais de mim. E das coisas que gosto. E foi aqui que o V ganhou significado. Passou de número a muito mais.
Em Maio, descobri mais de mim. E das coisas que gosto. E foi aqui que o V ganhou significado. Passou de número a muito mais.
I. Voltei a sentir música. Não simplesmente a ouvir e a cantá-la, mas a apreciá-la. A saborear cada verso como se de uma tradução do meu coração se tratasse. Parei o que estava a fazer para escutar música como há muito tempo não o fazia. Evitei as playlists rápidas do spotify e fiz uma para mim, no meu telemóvel, com músicas descarregadas, como nos velhos tempos. Depois de o ver na queima das fitas do Porto, voltei a ouvir James Morrison ... ai e que saudade dos tempos de miúda bateu.
II. Espinafres, abacate e ovo juntos é um novo favorito. Não só porque saladas em época de exames são um time saver, mas também porque sabe realmente bem e, se não a tivesse provado no Choupana (podem ver aqui uma foto da dita cuja) desconheceria o quão feliz é este casamento de ingredientes. Obrigada, Choupana.
III. Iniciei o meu Minimal Fashion Plan que apesar de ter um grande nome é, no fundo, uma coisa bem simples. É uma espécie de cápsula solucionadora onde coloco todos os outfits que eu acho serem capazes de me darem leveza. Não apenas estilo, mas conforto e felicidade. Parece redutor ligar a nossa imagem a um sentimento tão popular e polémico como a felicidade mas eu acredito muito no poder de uma boa noção de nós mesmos quando saímos de casa pela manhã e, além de acreditar, tenho a certeza que é uma das coisas que mais feliz me faz nos primeiros momentos do meu dia: aceitar o meu aspeto. No novo livro que estou a ler, a autora diz que o estado da nossa pele pela manhã é o maior influenciador do nosso mindset para o dia que vamos ter. E eu só posso concordar. Uma borbulha ou uma pele seca matinal tira-nos um kilinho ou outro de motivação, como serão capazes de perceber por experiência própria.
IV. Descobri que uma má série como Riverdale também pode ser favorita?? Como veem, ainda estou muito confusa com este sentimento mas, de facto, desde o episódio 1 que eu percebi que Riverdale não era uma série com a qualidade de Game of Thrones, House of Cards, The Crown ou tão pouco como outras do mesmo registo (se quisermos ser mais justos nas comparações) como Gossip Girl. Para perceberem: só o protagonista em meia dúzia de episódios teve uma dúzia de namoradas. E tudo acerca de Riverdale é drama, diálogos fáceis e também muito superficialismo. Massss... ainda assim, algo me fez devorar a série, do início ao fim. E o último episódio fez-me querer uma segunda temporada, por muito contraditório que possa parecer.
V. Maio foi um mês de mudanças e com ele surgiram algumas oportunidades: uma delas foi poder escolher a especialidade médica do meu estágio de fim de 3o ano. Vou poder acompanhar a equipa médica de Ginecologia e Obstetrícia no hospital da minha cidade durante um mês e meio e estou muito ansiosa e feliz por esta oportunidade. Sinto que é especial por ser em Famalicão. É uma espécie de reunião dos meus dois mundos: trabalho de dia e família e amigos à noite. Outra das coisas que surgiu foi a Gala da Bata Branca na minha faculdade. É uma cerimónia da qual só tive conhecimento este ano e muito honestamente, tendo em conta o dia em que seria, eu já estava a pensar em faltar porque queria regressar a casa. Felizmente, tenho duas miúdas lisboetas incríveis que me fizeram retroceder e ficar para assistir à gala, à nossa gala. Fico muito grata por isso. Pudemos finalmente despedirmo-nos dos anos teóricos e marcar a passagem para o 4o ano, o primeiro de muitos anos clínicos. Ouvimos palavras com significado, estivemos juntos e percebemos o quão rápido tudo isto está a passar. Resumindo, a mensagem que fica é aproveitar todos os micromomentos com as pessoas de Lisboa, em Lisboa. Porque, de facto, tudo isto é temporário demais para mim e para eles e, daqui a 3 anos, se tudo correr bem, o capítulo faculdade encerrará.
V. Maio foi um mês de mudanças e com ele surgiram algumas oportunidades: uma delas foi poder escolher a especialidade médica do meu estágio de fim de 3o ano. Vou poder acompanhar a equipa médica de Ginecologia e Obstetrícia no hospital da minha cidade durante um mês e meio e estou muito ansiosa e feliz por esta oportunidade. Sinto que é especial por ser em Famalicão. É uma espécie de reunião dos meus dois mundos: trabalho de dia e família e amigos à noite. Outra das coisas que surgiu foi a Gala da Bata Branca na minha faculdade. É uma cerimónia da qual só tive conhecimento este ano e muito honestamente, tendo em conta o dia em que seria, eu já estava a pensar em faltar porque queria regressar a casa. Felizmente, tenho duas miúdas lisboetas incríveis que me fizeram retroceder e ficar para assistir à gala, à nossa gala. Fico muito grata por isso. Pudemos finalmente despedirmo-nos dos anos teóricos e marcar a passagem para o 4o ano, o primeiro de muitos anos clínicos. Ouvimos palavras com significado, estivemos juntos e percebemos o quão rápido tudo isto está a passar. Resumindo, a mensagem que fica é aproveitar todos os micromomentos com as pessoas de Lisboa, em Lisboa. Porque, de facto, tudo isto é temporário demais para mim e para eles e, daqui a 3 anos, se tudo correr bem, o capítulo faculdade encerrará.
Inês! O meu sentimento quanto a Riverdale é o mesmo!! A serie é tããão cliché mas deixa-nos presos ao ecrã. É uma história fácil de acompanhar mas aquele final de temporada deixou-me completamente sem chão.
ResponderEliminarAntes de dizer o que quer que seja acerca deste post pertíssimo da perfeição, deixa-me só dizer-te que continuo a desenhar números com gravatas, sorrisos, olhos inquisidores e chapéus clássicos. Na verdade, agora que reflicto, o 5/V tem sempre um ar carrancudo nos meus desenhos!
ResponderEliminarAgora ao que interessa: Que bela maneira de expor como um mês menos expectável se tornou um dos favoritos! 5 coisas no mês 5 que te tornaram uma miúda 5x mais aberta à felicidade.
Também senti este mês como um mês de me redescobrir e que maravilha foi. Experimentei combinações gustativas divinas e apostei mais no meu look. Porque, verdade seja dito, quando tratamos bem o nosso corpo/mente, estamos muito mais aptos a socializar, ajudar e servir.
Um beijo enorme Inês. É tão bom ler-te!
Gostei tanto dos favoritos. Não sei se o facto de ser de matemática influencia, mas também tenho uma pancada parecida com os números. E, quando falaste no Minimal Fashion Plan lembrei-me do Capsule Wardrobe, que também só fiquei a conhecer em Maio mas do qual me tornei logo fã. E fico super feliz que tenhas conseguido ir para Famalicão estagiar. É tao bom conseguirmos conciliar tudo - família, amigos, trabalho, estudos - no mesmo sítio.
ResponderEliminarGrande beijinho
Acredita, não estás sozinha quando personificas os números! Também sempre achei o número 5 muuuuito convencido!!! Pessoalmente, sempre preferi o 6 e o 10! ;D
ResponderEliminarMas que mês fantástico, o teu!!! Que Junho seja ainda melhor! Beijinho grande!
LYNE